Esta menina é a Ana.
E como quase todas as meninas queria ser bailarina.
E foi. Até aos 12/13 anos de forma intensa e com direito a
exame de admissão ao Conservatório.
E como a vida dá muita volta, acabou por seguir Arquitectura.
Pouco depois do seu António nascer, sentiu a necessidade de arranjar algumas
peças diferentes para lhe vestir e que só encontrava mesmo lá fora.
E foi assim que surgiu a Staminee, a palavra holandesa do
nosso estaminé. A palavra holandesa foi
escolhida por ter sido um País marcante para o meu marido e para o Pedro, o
irmão da Ana, o seu companheiro de aventuras na infância com direito a muita
luta de soldadinhos, jogo de berlindes e jogos de rua.
E como a menina típica que cresceu nos
anos 80, a Ana também fez colecção de borrachinhas e “folhas queridas” (ainda
temos de fazer um post sobre isto!) e vibrava com a Candy Candy (lembram-se?).
E nós achamos que foram estas boas
memórias todas que levaram a Ana em busca de peças ultra confortáveis, 100%
algodão e com um design pensado nos nossos pequenos índios e cowboys perfeito
para eles brincarem, sonharem e serem simplesmente crianças.
Já devem ter visto a Ana no mercado do CCB ou no Coolares
Market e podem vê-la este domingo no Um dia no Mercado rodeada das peças de
marcas como a Organic Zoo, Bean’s Barcelona, Mousailon e os posters retro fantásticos
da Fine Little Day.
Mas aqui entre nós, temos a certeza que a Ana continua a ser
a mesma menina com sonhos de bailarina e que faz muitos pliés, tendus e
pirouettes para o seu pequeno António.
1. O que queria ser
quando era criança?
Passei todas aquelas fases
típicas de qualquer menina, desde cabeleireira a médica e bailarina, sempre
bailarina.
Pratiquei até aos meus 12/13
anos de forma intensa até que por orientação do Pai tive que optar entre os
estudos ou a entrega total ao ballet. Ainda fiz uma prova de admissão ao
Conservatório Nacional mas sem sucesso. Acho que foi o ponto final nessa fase
da minha vida.
O que nunca pensei quer ser,
foi arquitecta, curso que acabei por escolher já na recta de entrada na
faculdade.
2. Melhores memórias de infância?
Tive uma infância muito
preenchida. Só tenho um irmão e era a única rapariga no conjunto dos primos,
por isso era um bocado maria-rapaz quando estava com eles.
Como memórias destaco talvez
as horas intermináveis passadas na rua, quer em Lisboa quer no Estoril, onde
passava parte das férias grandes de Verão. Jogávamos ao Mata, ao Lenço, à Sirumba e andávamos muito de bicicleta.
Outra memória forte era da
Loja de Brinquedos Bambi que havia na rua da casa dos meus Pais. Nas férias
entrava lá quase todos os dias com o meu irmão. Cada um ia para o seu lado e distraíamo-nos
a ver os brinquedos. Por casa lembro-me dos jogos de cartas do krapot e canasta.
3. Livro infantil
preferido?
Os livros da Condessa de
Ségur. Destaco o Pequeno Lorde, talvez o livro que mais me marcou na altura.
Adorava também a colecção da Anita, e o livro “O Mundo do Ballet” que ainda
hoje guardo com as páginas algo amassadas das inúmeras vezes que o desfolhei.
4. Filme infantil
preferido?
Como filme, destaco sem dúvida
o E.T. e da televisão a série japonesa da Candy Candy que retratava a história
de duas meninas que cresciam num orfanato. Não perdia um episódio e foi talvez
a única caderneta de cromos que completei. Também gostava das Aventuras do Tom
Swayer e do Verão Azul.
5. Música infantil
preferida?
Sinceramente, tenho poucas
memórias de músicas infantis. Havia sempre as canções tradicionais que
aprendíamos na escola mas não tenho presente uma música preferida. Mais tarde,
sim, pelos 10 anos adorava as coletâneas das novelas brasileiras. Guardo ainda
alguns LP’s desses tempos.
6. Brinquedo
preferido em criança?
O bebé careca, tudo o que
tivesse a ver com o mundo dos bebés, a boneca Tucha e as minhas colecções: sou
da geração das “borrachinhas “ e “folhas queridas”. Na altura receber um bloco
de folhas coloridas perfumadas ou com algum desenho (chamávamos “folhas
queridas”) era um grande presente! Trocávamos folhas entre as meninas, como os
rapazes trocavam cromos de cadernetas.
7. Brincadeira
preferida em criança?
Na versão maria-rapaz, sem
dúvida, e eram as lutas de soldadinhos com o meu irmão no chão do meu quarto.
Tínhamos uns soldadinhos (ao estilo guardas da rainha), canhões que disparavam
umas inofensivas balas e usávamos todos os carrinhos que servissem a “causa”
militar. Éramos recrutadores oficiais de caixas de cartão pequenas (tipo de
pasta de dentes, de sabonetes) e criávamos o cenário, protegíamos os carros,
barricávamos tanques e soldados e perdíamos horas em tácticas de defesa.
Jogávamos ao berlinde em casa
(nas covas que os móveis faziam na alcatifa) e à carica na praia.
8. Se pudesse voltar
a ser criança o que faria?
Continuava a pedir uma irmã
aos meus Pais (ahaha!) e via todos os filmes clássicos infantis. Hoje, com o
meu filho, sinto que não me lembro da maior partes das histórias e personagens
do mundo infantil e tenho pena por isso.
9. Fontes de
inspiração para o trabalho e para a vida?
O que se passa à minha volta,
os projectos de tantas e tantas pessoas a que temos acesso através da internet.
Sigo alguns blogs verdadeiramente inspiradores, pelos projectos profissionais,
pelas decorações e lifestyle. Tiro sempre ideias, e formas de continuar que me
enriquecem a todos os níveis.
E o meu filho, claro. Tem sido
o mote de alguns projectos recentes, como o Staminee.
Passo por muitos, mas destaco
o Este blogue precisa de um nome. TOP. Adorava passear pelo Porto e cruzar-me com
a Rita.
Sigo também o Tapas na Língua,
o Chocolate à Chuva, o 2for1design e o Alma e Coração.
Mais distantes, o Blue Bird, o
DustJacketAttic, o An Afternoon With (aliás tenho um projecto semelhante a
este.. just private) o La Buena Vida e o Practising Simplicity.
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