Se repararem hoje vão ver
várias vendedoras com raminhos de flores campestres que têm malmequeres,
papoilas e espigas.
As chamadas “espigas”. E
porque se comemora o “Dia da Espiga”?
Preparados para a história?
Uma vez mais, tudo começa muito antes da era cristã, apesar do dia da Espiga coincidir sempre com a Quinta-Feira
da Ascensão ( a ascensão de Jesus ao Céu, após ter sido crucificado e ter ressuscitado
– que encerra um ciclo de 40 dias após a Páscoa e daí “Da Páscoa à Ascensão, 40
dias vão”).
O “nosso” Dia da Espiga sempre foi comemorado em todo o mundo
mediterrâneo, com festivais, cantares e danças que celebravam a Primavera e
consagravam a natureza, após os meses frios de Inverno.
O Dia da Espiga é o dia em que se vai ao campo apanhar a espiga, a qual não é apenas um viçoso ramo de várias plantas - cuja composição, número e significado, varia de região para região e que deve ser guardado durante um ano.
E porquê guardar um ramo seco, perguntam vocês?
É que o "ramo" é também um poderoso e multifacetado amuleto, que
é pendurado, geralmente, na parede da cozinha ou da sala ou atrás da porta, para trazer abundância, alegria, saúde e sorte.
Em algumas regiões, quando faz trovoada, por exemplo, arde-se à
lareira um dos pés do ramo da espiga para afastar a tormenta.
Não obstante as variações locais, de um modo geral, o ramo de espiga é composto por pés de trigo e de outros cereais, como centeio, cevada ou aveia, de oliveira, videira, papoilas, malmequeres ou outras flores campestres.
E a simbologia de cada planta, comumente aceite, é a
seguinte: o trigo representa o pão; o malmequer o ouro e a prata; a papoila o
amor e vida; a oliveira o azeite e a paz; a videira o vinho e a alegria; e o
alecrim a saúde e a força.
Por isso, querida Tribo, caso estejam perto do campo, aproveitem e
colham o vosso próprio ramo! Bem, e quanto aos índios e cowboys citadinos, comprem a uma
das senhoras que os vendem nas esquinas das cidades e alegrem a vossa casa e
partilhem a energia renovadora da natureza.
Nós já temos o nosso!
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