Temos uma entrevista inédita.
Entrevistamos um pássaro, mais concretamente, um palrador e divertido Melro Azul que se vestiu a rigor para a nossa entrevista.
Já seguíamos há algum tempo as aventuras do Melro Azul e o seu projecto mais recente, a Mãegazine.
Já ouviram falar?
Provavelmente, já viram a página no facebook: https://www.facebook.com/maegazine/
Agora imaginem um espaço onde encontram desabafos, inspirações e sugestões de uma mãe "normal" como nós, muitas vezes à beira de um ataque de nervos, sem fotografias matchy matchy, sem dicas TOP para programas de fim-de-semana ou férias insustentáveis para orçamentos familiares em tempos "troikianos", mas com muita, muita sensibilidade e bom senso e ideias muito originais, mas acima de tudo, muito sentido de humor e umas divertidas ilustrações da sua autoria.
E umas pertinentes chamadas de atenção sobre os manuais escolares dos nossos pequenos índios e cowboys ..Temos o mesmo livro e ficámos igualmente chocados...
A esse propósito, não podem perder os seus "Mãedamentos" e o desafio que acabou de lançar do #trasgoamavel.
Não sabem o que é um Trasgo Amável? Então, não percam este post:
http://maegazine.com/trasgoamavel/
E agora que devem ter ficado curiosos (tal como nós) para conhecermos mais sobre este intrigante Melro Azul que também tem trauma de iscas, devorava livros e adorava os intermináveis verões na praia«, leiam a entrevista.
E sigam a Mãegazine porque vale mesmo a pena!
1.
O que queria ser quando era criança?
Ui! Sei o que *não* queria ser: professora. Tirando isso não creio que tivesse uma ideia concreta. Sei que tenho escrito algures, teria uns 11 anos, que queria ser uma cientista inteligente e conhecida como o Einstein (…).
Ui! Sei o que *não* queria ser: professora. Tirando isso não creio que tivesse uma ideia concreta. Sei que tenho escrito algures, teria uns 11 anos, que queria ser uma cientista inteligente e conhecida como o Einstein (…).
2. Melhores memórias de infância?
Dois
Verões consecutivos nos Açores.
Tinha 9 e 10 anos. Devorava livros “Uma
Aventura”, um por dia; não lavava os dentes e estava felicíssima de ninguém se
dar conta (e lembro-me da porcaria em que ficaram); escapava das “marés vivas”
enquanto nadava em praias de areia preta; comi banana com iscas para ver se
disfarçava o sabor (esta é a parte má da memória); usava o meu vestido amarelo
do rato bordado; comia flores de ananás à beira da estrada e maracujás à
colherada com açúcar por cima (e via as sementes no cocó) (que raio de
conversa…) e fiz um amigo da minha idade com quem entrei no avião ao mesmo
tempo, um em cada porta – anterior e posterior.
3. Livro infantil
preferido?
Na
intersecção entre os que mais gostava e os que mais gosto actualmente (a
pergunta não discrimina) está – sem dúvida – tudo d’O Menino Nicolau, com desenhos de Sempé e
texto de Goscinny. Se não tenho tudo, pouco falta.
Ao estilo Índios e Cowboys gostava muito de um livro da Caminho intitulado O índio no armário, aparentemente esgotado. Esse e o apaixonante Mistério da Ilha de Töckland, da mesma colecção. Recomento muito!
Ao estilo Índios e Cowboys gostava muito de um livro da Caminho intitulado O índio no armário, aparentemente esgotado. Esse e o apaixonante Mistério da Ilha de Töckland, da mesma colecção. Recomento muito!
4. Filme infantil
preferido?
Não
ia ao cinema.
Mas recordo-me bem dos filmes de animação da Europa de Leste, do
He-Man e She-ra, dos Transformers e globalmente da bonecada que passava no
canal público de televisão (excepto
aquela criatura que viajava numa bola de sabão e havia um demónio terrível e eu
morria de medo daquele pavor).
Hoje em dia sou fã da Choné, do Mouk (que comecei por conhecer pelo livro maravilhosamente ilustrado por Marc Boutavant) e, claro, do Yakari, que passa diariamente lá em casa.
Hoje em dia sou fã da Choné, do Mouk (que comecei por conhecer pelo livro maravilhosamente ilustrado por Marc Boutavant) e, claro, do Yakari, que passa diariamente lá em casa.
5. Música infantil
preferida?
O
tão balalão pelas memórias que evoca e uma canção que ouvi uma vez numa colónia
de férias, daquelas em que levam a miudagem para a praia, e que decorei e nunca
mais ouvi. Hoje canto-a aos meus filhos e é muito divertida – a da velha e da
mosca.
6. Brinquedo
preferido em criança?
Indubitavelmente
a Barbie. Penei e esperei anos para ter uma. Depois não tive a que queria, mas
consolei-me depressa.
Aos 10 anos tive a Barbie Saint Tropez, uma morenaça de cabelo
platinado que custou uma tuta e meia em Paris (em Portugal recordo-me que
custavam 5000$/ 25€, um disparate de
dinheiro). No total tive 4 (ou 3?), em 8 anos. Continuam bem estimadas, excepto
a primeira, com os olhos pintados a caneta de feltro…
7. Brincadeira
preferida em criança?
Saltar
e correr e andar nos parques infantis e passar horas na praia ou na piscina a
fazer pinos e cambalhotas dentro de água.
8. Se pudesse voltar
a ser criança o que faria?
Resposta
igual à anterior.
9. Fontes de
inspiração para o trabalho e para a vida?
Sou
muito fã da criatividade alheia, que encontro nos mais diversos sítios.
Até
fica mal dizer isto, mas tirando o The Art of Simple, que sigo fiel e
regularmente há anos, apenas vou espreitando uns quantos aqui e ali. A lista
está no artigo sobre os mentores e nos gostos da página
de Facebook do Mãegazine!
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