A nossa entrevistada deste mês é a mãe mais prática e
sarcástica da blogosfera.
No seu blogue “Maravilhas da Maternidade”
relata as aventuras e desventuras das peripécias como mãe do Pedro e do Miguel.
E não podem também deixar de visitar os seus boards do Pinterest e a sua página de Facebook onde partilha pérolas como esta:
Além do seu talento natural de comunicadora e do seu sentido
de humor apurado, há outro pormenor que adoramos…a bonita Inês é a cara da Lady Mary
de uma das nossas séries preferidas: Downtow Abbey.
Reparem bem… Separadas à nascença?...
E como se não bastasse, ainda lançou com a sua irmã uma linha de brinquedos tradicionais de
madeira, “Carrossel” de que já falámos aqui
e que teve o dom de ressuscitar um brinquedo obrigatório para qualquer pequeno índio e cowboy: o tradicional
cavalinho de madeira.
1. O que queria ser
quando era criança?
Quis ser o habitual nas crianças, sobretudo
veterinária. Nunca houve uma profissão que particularmente me prendesse. Houve
uma altura em que dizia que queria ser
veterinária, fazendeira e mãe, lembro-me de os adultos adorarem eu dizer
isso, perguntavam-me o que queria ser grande só por graça, agora compreendo
porquê!
2. Melhores memórias de infância?
Andar
de bicicleta! Adorava andar de bicicleta, lembro-me de adorar o vento a bater
na cara por andar rápido.
3. Livro infantil
preferido?
Adorava
um livro de pequenas histórias com animais e mais tarde, um livro sobre
mamíferos. Agora eu vejo que talvez o Pedro saia a mim na fixação por animais!
4. Filme infantil
preferido?
No
tempo da minha tenra infância, não havia ainda vídeo em nossa casa, apenas
quando eu já teria uns 11 anos e curiosamente não havia desenhos animados ou
filmes infantis à nossa escolha! Ou íamos ao cinema ou víamos o que a televisão
passava. Adorava qualquer clássico da Disney e adorava os desenhos que passavam
todos os dias, a Abelha Maia, o esquilo Putshi, o Bocas, o Tom Sawyer, o
costume na minha geração...
5. Música infantil
preferida?
Adorava
ouvir os discos em vinil que havia em casa dos meus avós – O Rabanete Saltitão
(que nunca mais aprende, não), imensas músicas do José Barata Moura, a Heidi em
japonês (!!!), Eu Vi Um Sapo, cantado pela Maria Armanda em italianao (“Ho
visto un rospo... !!), a A Gata Borralheira em vinil, A Princesa que guardava
patos – “pata aqui, pata ali, filha de rei a guardar patos, foi coisa que eu
nunca vi, foi coisa que nunca vi!”. Música a sério, a primeira que me fartei de
dançar e pular e que me despertava, era Waterloo dos Abba, até nessa altura já
era antiga!
6. Brinquedo
preferido em criança?
Tinha
uma almofada, que mais parecia uma fronha, de tão martirizada, que teve um fim
trágico, perdi-a num aeroporto, fiquei desolada! Lembro-me depois de ter tido
grandes paixões por brinquedos específicos, cada um a seu tempo – algum peluche
especial (sobretudo cães), o Nenuco, a Barbie...
7. Brincadeira
preferida em criança?
Adorava
andar de bicicleta (sem capacete, joelheiras e essas trapalhadas de hoje em
dia) e andar de baloiço. As minhas melhores recordações de infância passam por
me sentir a voar no baloiço, e eu voava muito alto! Outras brincadeiras
preferidas passavam por tratar das bonecas (vesti-las, deitá-las, fazer de
mamã...) e brincar com outros miúdos, qualquer jogo, mas sempre ao ar livre, em
correrias!
8. Se pudesse voltar
a ser criança o que faria?
Teria
de voltar a ser criança nos anos 80, não poderia ser noutro tempo, muito menos
nestes. Voltaria a brincar como brincava, diverti-me imenso! Tenho pena que os
meus filhos não sejam crianças com as facilidades e as novidades que já tínhamos
no meu tempo de criança, mas sem as contingências de segurança e falta de
imaginação nos brinquedos que há hoje em dia. Antigamente os brinquedos eram
mais básicos, existiam por si, não tanto para um fim específico, e cabia a nós
decidir o que fazer com eles. Hoje em dia parece que os brinquedos mais
apelativos são os que vêm completamente formatados e instrumentalizados, com
uso que acaba por ser limitado.
9. Fontes de
inspiração para o trabalho e para a vida?
Os
meus filhos! São a minha principal razão de viver e são uma enorme inspiração
no trabalho que desenvolvemos na nossa marca de brinquedos Carrossel, com a
qual queremos precisamente voltar a algo mais primário no brincar, ainda mais
básico do que aquilo que eu própria já tive. Adorava ter tido um cavalinho de
madeira e nunca tive, já não se encontravam! Muitos brinquedos já eram de
plástico, e vejo hoje que era uma pena, porque estragaram-se, partiram-se, a
minha mãe deitou fora sem remorsos e eu apenas fiz questão de preservar
peluches e bonecas, pouco mais. Porque realmente o resto era descartável. Nós
queremos reverter essa tendência com os brinquedos do Carrossel, que apelam ao
sentido estético dos pais, ao mesmo tempo que se tornam companheiros
emblemáticos para os filhos. Os nossos filhos são os nossos primeiros test users e é uma delícia vê-los
brincar com os nossos brinquedos!
O "Índios e cowboys" é uma graça, sem dúvida!
Gosto de seguir blogues (muitos blogs!) de pessoas que
entretanto vou conhecendo pessoalmente, blogs pessoais com histórias nas quais
consigo rever-me um pouco ou com os quais aprendo muito. Sobretudo, gosto de
blogs com conteúdo que me toque ou interesse, mas que também sejam giros, que
também me estimulem visualmente.
Obrigada por me proporcionar esta pequena viagem às minhas memórias de infância, foi muito bom!
ResponderEliminarBeijinho!
Impressionante...é mesmo parecida com a Lady Mary!!!
ResponderEliminarS.