quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Índio e Cowboy do mês: Carla Cantante

O Marcel  Marlier, ilustrador dos livros da “Anita” merece definitivamente um lugar no Céu ou em alguma ilha paradisíaca.
Se ele soubesse a quantidade de meninas portuguesas nascidas na década de 70 que inspirou, sorriria e teria a noção de dever cumprido.
A nós, só nos resta enviar uma mensagem de agradecimento ao Marcel (onde quer que ele esteja) e prometer que continuaremos a passar de geração em geração com muito carinho os livros da Anita.

Tudo isto a propósito da encantadora Carla, a menina desta fotografia.

 

A Carla cresceu rodeada de livros da Anita, tornou-se designer e apaixonou-se pelo Pedro.
E desta paixão, nasceu a Anita Picnic – os cestos para piquenique mais charmosos do mercado.
  
Os cestos são feitos à mão, por artesãos nacionais segundo desenhos e indicações dadas pela Carla e Pedro. Alguns são totalmente propostos por eles outros são adaptações de modelos clássicos.
O design de padrões utilizado no têxtil,  têxtil é feito pelos  parceiros MAGA Atelier e os tecidos são produzidos e confeccionados em Portugal.

Podem ver e comprar os cestos e restantes produtos em www.anitapicnic.com

E nós adoramos a história contada tão bem por eles: “Pedro Pires e Carla Cantante vivem apaixonados. Um pelo outro e pelas coisas bonitas que os rodeiam. Gostam de design, de música, de arte e de crianças. Gostam de viajar. Gostam de ler deitados na erva. Gostam de dançar até tarde. Gostam de coisas velhas que são novas e coisas novas que parecem velhas. Gostam de brunch e mergulhos em lagoas. Gostam de areia nos pés e sorrisos nos olhos. Gostam de jardins e de fazer picnics com os amigos.
Anita Picnic é uma ideia original de Carla Cantante e Pedro Pires que depois de anos a criar marcas para outros decidiram fazer uma para eles.”


 








1.      O que queria ser quando era criança?
Era grande a minha imaginação o que fazia com que tivesse inúmeras preferências e vontades para quando crescesse mas as que mais me marcaram foram: vendedora de peixe, cantora de ópera ou apresentadora de TV.
Parte das minhas férias de Verão eram passadas na Figueira da Foz. Todos os sábados ia ao mercado comprar peixe com a minha avó e reparava nas mulheres que vendiam o peixe e o modo como apregoavam. Tudo me fascinava, a energia, as roupas mas principalmente os pregões. Sempre que regressava a Lisboa e, durante muito tempo, recriava essas mesmas mulheres e os seus pregões até enlouquecer os vizinhos. Mais tarde, veio a vontade de querer ser cantora de ópera. A minha tia-avó era uma espectadora assídua das óperas que passavam no Canal 2 e houve uma altura em que costumávamos ver juntas. Era o programa dos nossos serões. Com o passar do tempo fiquei fixada naquelas personagens e na forma como cantavam.
No fundo, acho que gostava era de fazer barulho!
Depois, influenciada pela minha prima começamos a fazer programas de televisão. Era preparado o telejornal, a novela e o típico concurso de tv dos anos 80. À noite apresentávamos a quem estivesse por perto.

2.       Melhores memórias de infância?
Os piqueniques em família, o coreto, as férias de Verão, o cheiro dos caracóis acabados de fazer, as amoras, os passeios de bicicletas à la Verão Azul, o acampamento de arqueologia em Foz Côa, a banda da música, o sótão, os jogos de ping-pong, as noites quentes, a Nutela no pão, as urtigas, a casa na árvore, os baloiços de madeira, as lagoas, o primeiro beijo.

3.      Livro infantil preferido?
Os livros da Anita, claro! O meu pé de laranja lima, os livros Sophia Mello Breyner,
Os Cinco, o Diário do Adrian Mole e mais tarde, Agatha Christie. As revistas Vogue trazidas do estrangeiro pela avó da minha amiga que mais tarde me foram presenteadas.


4.      Filme infantil preferido?
“Dumbo”, “Pinóquio” e “O Mundo fantástico de Oz” da Walt Disney, “E.T.” de Steven Spielberg,  e a “História Interminável”de Wolfgang Petersen.
Música infantil preferida?
É impossível escolher apenas uma música no meio de tantas que me influenciaram e me saltam à cabeça assim que volto atrás no tempo. Todas as músicas dos filmes que referi acima, dos desenhos animados que via: Sítio do Picapau Amarelo, a Heidi, O Marco, Tom Sawyer e das séries mais tarde que assistia: O Verão Azul e os Cinco. E dos muitos vinis do meu pai, havia David Bowie.

5.      Brinquedo preferido em criança?
Bonecas de papel,  cubo mágico e o view master.

6.      Brincadeira preferida em criança?
As brincadeiras de férias com as minhas primas. A preferida eram as partidas que fazíamos à minha tia-avó Eugénia. Todos os dias, preparávamos meticulosamente um disfarce para a irmos abordar. Umas vezes éramos turistas perdidas, outras vendedoras ambulantes, etc. O guarda-roupa e a maquilhagem eram preparadas no dia anterior sempre meticulosamente pensado. A noite que antecedia a partida, passávamos a noite em claro, ansiando pela partida do dia seguinte. Tudo tinha de estar perfeito porque tínhamos a certeza que não iríamos ser descobertas.

7.      Se pudesse voltar a ser criança o que faria?
Fazia tudo igual. Sou uma afortunada na infância que tive e não tenho arrependimentos. Tudo aconteceu como tinha de ser e na altura certa.
8.      Fontes de inspiração para o trabalho e para a vida?
No trabalho são várias as referências e vêm de sítios tão dispares que se torna difícil referenciar todas. No geral vêm da moda, street art, arte contemporânea, da música, da infância, das exposições, das viagens.
Para a vida são as pessoas mais próximas que me acabam por influenciar: o meu filho, o meu namorado, os meus pais, minha avó e os meus amigos.
9.       Blogues e sites que segue habitualmente?
Os blogues são muitos e muito variados e é sempre obrigatório consultá-los antes de começar um dia de trabalho. O Tumblr enche-me o dia com imagens bonitas e depois há todos os outros que passam por dar referências de moda, life style, arte, música como por exemplo:
   


1 comentário:

  1. Que máximo! E a história da Carla e do Pedro parece a cena inicial do UP da Pixar!
    V.

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